segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Exposição aborda cenários mineiros no Colégio Loyola

(Texto por Enrico Bruno e Guilherme Amâncio)

Quem visitou o Colégio Loyola nesta primeira semana de novembro pôde conferir a mostra “Os Caminhos de Minas”, que destacou o jeitinho mineiro e as principais características culturais da terra do pão de queijo. A exposição que apresentou obras de artistas consagrados como Yara Tupinambá, Carlos Bracher e Inimá de Paula, teve espaço aberto ao público em diferentes intervalos até o último dia 6.

As mais de 30 peças expostas faziam parte de uma coleção individual de um pai de um aluno da instituição. As obras surpreenderam os visitantes pela proximidade com os aspectos mineiros, onde se destacavam cenários inspiradores dos mais diversos possíveis. As paisagens rurais, onde crianças brincam nas ruas, além dos trabalhadores nos cafezais se confundiam com as pequenas cidades, com Ouro Preto e sua arte barroca, tentando se esquivar das grandiosas montanhas ao redor.

A exuberância da capital também é sentida na singularidade do Parque Municipal, na simplicidade das pequenas praças, ou nos pequenos detalhes de um vaso de flor, na janela diante de um ceu azul e estrelado de Belo Horizonte.O toque natural, o material rudimentar e a espontaneidade dos artistas, concentrado às várias matizes e cores, formaram ali, uma identidade mágica, típica das alterosas.

A aluna Jéssica Drummond, do 9º ano do Ensino Fundamental, esteve presente à exposição junto ao seu pai, Ernando Drummond, e destacou seu encanto pelas obras. “É muito legal o colégio montar essa exposição para a gente, ficou tudo muito bonito.”, afirmou Jéssica, que visitou a mostra na manhã do penúltimo dia de exposição. Já Ernando, elogiou a iniciativa para este tipo de atividade no colégio. “A ideia de expor as obras é muito importante, principalmente para os mais jovens, para que possam conhecer um pouco mais da cultura de onde vivem”, relatou o empresário.

O aluno Luan Bordellano, do 2º ano do Ensino Médio, demonstrou não se interessar muito por obras de arte, mas se rendeu aos encantos da exposição. “Sinceramente não gosto muito dessas coisas, mas há muitos quadros bem legais, interessantes aqui”, ressaltou Luan.

A exposição Os Caminhos de Minas foi exibida no Passo das Artes do Colégio Loyola, na bairro Cidade Jardim, durante os dias 22 de outubro e 6 de novembro. A escola contou também, com exposições de alunos dos 4º e 8º Anos do Ensino Fundamental em outras dependências do colégio. A maior atração ficou por conta da visita da artista plástica Yara Tupiambá, que fez um bate-papo com os alunos e apresentou suas obras. A artista, inclusive, concedeu uma entrevista (assista aqui) aos organizadores, avaliando as atividades realizadas e importância da exposição para os alunos.

Veja logo abaixo algumas fotos da exposição:









segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Comparação entre Thunderbird e o Google Reader

Acompanhei durante a sexta-feira, 22 de outubro, e segunda, 24, o portal do campeonato alemão de futebol (www.bundesliga.de) com o leitor de RSS Thunderbird e o Google Reader. Dentre as características que mais me chamaram a atenção, destacam-se a necessidade ou não do uso de um programa previamente instalado no computador ou apenas de um registro no site para fazer o login.

Em relação ao Google Reader, achei mais vantajoso, já que não precisa ter um leitor instalado na máquina. Basta logar com uma conta google e ter verificar as atualizações dos sites desejados. Outras vantagens estão na possibilidade de compartilhamento com outros usuários e, por se tratar de um programa do google, este lhe sugere outros tipos de portais que talvez tenhamos interesse em seguir. Em contrapartida, encontrei algumas dificuldades em eliminar os posts antigos, ficando, portanto, confuso quanto às notícias lidas. O fator de ser um programa usado somente na internet também pode deixar todo o processo de conexão, registro e login mais cansativo.

O outro leitor de RSS usado (Thunderbird) possui a vantagem de não precisar realizar o mesmo processo ao acessar, como o Google Reader, dito anteriormente. Contudo, a técnica de fazer o download de um software nem sempre é possível, já que, muitos leitores ainda encontram resistências, sendo incompatíveis com alguns tipos de computador.

Penso que a principal utilidade dos leitores RSS seja o dinamismo que possibilitam. O fato das notícias chegarem já atualizadas ao usuário reduz as constantes rotatividades que o ele é obrigado a fazer para buscar notícias de seu interesse, além de poupar tempo navegando por novas informações.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Carlos Nunes fala sobre teatro para o Jornalismo da PUC Minas

Professor Ronaldo Boschi e seu convidado Carlos Nunes
“Meu nome é Carlos Pinto Nunes, mas pode me chamar de Carlos Nunes porque o "Pinto" já tem muito tempo que eu não uso. O que acontece é que meu pai se chama José Nunes Mourão, e minha mãe, Iolanda Alves de Almeida. Então, de onde tiraram o "Pinto" para colocar em mim eu não sei. Daí descobri que o “Pinto" era do meu avô, mas vê lá se um "Pinto" de avô, velho, murcho, caído...?"


Conhecido por famosas peças teatrais em Belo Horizonte, como “Pérolas do Tejo” e “Como sobreviver em festas e recepções com Buffet escasso”, o ator Carlos Nunes esteve presente no evento “13 recebe” que aconteceu no último dia 21 para conversar sobre teatro e jornalismo com alunos do 1º período do curso.

Os alunos chegaram a uma discussão e concluíram que o teatro, assim como qualquer manifestação cultural, é, atualmente, desvalorizado em nosso país, e que está, geralmente, associada a poucos personagens conhecidos no país. O encontro contribuiu para uma nova reflexão e mudança de postura e opinião dos alunos sobre a cultura brasileira.
Livia Lira, do 1º período de Jornalismo, destacou a humildade do ator e a confiança passada durante o bate-papo para quem ainda está começando na universidade. “Quando o Carlinhos falou que o ator é muito carente, ele mexeu comigo. Ele falou para cada pessoa, em individual, independente do tamanho do público. Consegui entender bem o que ele dizia, pois já fiz alguns trabalhos como atriz e sei bem como é isso”.
Ronaldo Boschi, quem planejou a idéia de levar Carlinhos à Puc, lembrou que a visita do ator superou suas expectativas, pois ele despertou o interesse em futuros jornalistas que, de acordo com o professor, possuem poucos conhecimentos sobre o assunto. ”Chamei o Carlinhos por que ele é um grande amigo meu, e acho que ele é a melhor pessoa para falar sobre Teatro para o jornalismo em Belo Horizonte”.
Carlos Nunes destacou a importancia do encontro para proporcionar uma nova visão cultural aos universitários.“Pretendo ter ajudado a mudar a percepção do jornalismo a respeito do teatro, que hoje é abordado de maneira desvalorizada e preconceituosa”.
Para conhecer mais o trabalho de Carlos Nunes, como outras peças, participações na TV e prêmios, visite o site oficial do ator.
O ator estará em cartaz com a sua peça mais recente "Comi uma galinha e tô pagando o pato", do próximo dia 30 de setembro até o dia 02 de outubro, no Teatro Alterosa em Belo Horizonte. Sexta e sábado às 21h, e domingo às 19h.

Segue abaixo trechos dos principais trabalhos de Carlos Nunes:

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Detentos se rendem a Literatura

Matéria de Keneth Borges e Daniella Dutra. (Toda a abordagem gramatical utilizada na matéria é de responsabilidade das repórteres, e não da produção do PG)

O começo dessa história, há nove anos, aconteceu em uma borracharia do Bairro Caieira, em Sabará, município da Região Metropolitana de Belo Horizonte, quando foi criada ali, entre graxa, pneus e parafusetas, uma biblioteca. Há um ano e meio, foi inaugurada a quarta unidade da 'Borrachalioteca', mas em um ambiente totalmente diferente do original: o Presídio Municipal de Sabará. E, mais recentemente, em função disso, o estabelecimento prisional passou a alfabetizar a aperfeiçoar a leitura dos presos.
 A ideia de levar a leitura, por meio de uma unidade da 'Borrachalioteca', à pessoas que não podem ir até ela, surgiu por intermédio de uma conversa entre o diretor geral do presídio José Romero da Cunha com Marco Túlio Damascena, responsável pela ideia de criar bibliotecas em espaços inusitados em Sabará, como a borracharia. "Quando ele foi levar a viatura para alguns reparos na borracharia, o diretor Romero me solicitou alguns livros, mas em resposta eu disse, vamos criar uma biblioteca no presídio", relembra Túlio. Então desde janeiro de 2010, foi inaugurado o Projeto Libertação pela Leitura.
Atualmente, o espaço já conta com um acervo de mil livros, além de revistas de vários gêneros, disponíveis para os detentos. Junto com o incentivo à leitura, no entanto, houve a necessidade de alfabetização. Por isso, em fevereiro deste ano, com o apoio da Secretaria de Defesa Social e a Escola Estadual Maria Elizabeth Viana localiza no bairro Santo Antônio de Roça Grande em Sabará, está sendo desenvolvido o Projeto Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Dessa forma, são oferecidas aulas regulares dentro do presídio, de segunda a sexta-feira, nos períodos da manhã e tarde, da 1ª a 8ª série para os reclusos. De acordo com o diretor do presídio, o objetivo do projeto é trazer melhorias para os detentos, pois quando libertos, poderão dar continuidade aos estudos.
A psicóloga Raquel Nascimento da Silva trabalha há um ano e meio no presídio e coordena o Projeto Libertação pela Leitura, ela afirma que alguns estão em fase de alfabetização e os outros mais avançados na leitura gostam de pegar livros da biblioteca, os mais emprestados são a Bíblia e os de auto-ajuda. "Depois que veio o projeto eles estão bem calmos, sem dúvida", comenta.        
Um dos presidiários, que não pode ser identificado, está recluso há um ano e meio e junto com  a psicóloga, é voluntário na biblioteca. Ele ajuda na catalogação e leva a lista nas celas. "Eu gosto de ler, é importante, indico até para os presos do albergue" (regime semi-aberto), revela. "Meus autores favoritos são Pablo Neruda, Jorge Amado e Paulo Coelho", acrescenta.
Início O projeto da 'Borrachalioteca' nasceu em 2002, quando Marco Túlio decidiu trabalhar ao lado de seu pai, o borrracheiro Joaquim Escolástico Damascena. Por ser apaixonado pela literatura Marco Túlio pensou em colocar livros para os frequentadores da borracharia, e pediu doações para a Biblioteca Pública de Sabará.
"Fui a Biblioteca Pública e pedi alguns livros, doaram setenta, dos quais foram a semente da Borrachalioteca", comenta Marco Túlio. A partir daí, a comunidade começou a frequentar a borracharia, principalmente para apreciar a leitura, e os pneus perderam espaço para os livros. As doações aumentaram de 70 para 500 livros só nos primeiros três anos. "Os próprios fregueses eram os doadores", lembra.
Hoje, o projeto é denominado, Instituto Cultural Aníbal Machado, e possui quatro unidades da Borrachalioteca na região de Sabará. A principal sede é a da borracharia, com um acervo de 10 mil títulos. Outras duas estão localizadas na Sala Son Salvador, 5 mil obras; e na Casa das Artes, com 2 mil livros infanto-juvenis e 1 mil cordéis. A quarta unidade é a do Presídio Municipal de Sabará.


Hipermarco por Enrico Bruno e Guilherme Amâncio